O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) tem fortalecido a participação feminina na agropecuária do Espírito Santo, promovendo capacitação e inclusão produtiva para agricultoras familiares em diversas regiões do estado. Em 2024, mais de 13 mil mulheres foram beneficiadas pelos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), por meio de cursos, dias de campo e atendimentos técnicos.
O avanço da participação feminina no setor é comprovado por dados do Censo Agropecuário, que apontam um crescimento de 71% no número de propriedades rurais lideradas por mulheres no estado, passando de 8.590 em 2006 para 14.661 em 2017.
Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Incaper para fomentar esse protagonismo, estão os projetos Mulheres do Café e Mulheres do Cacau, que promovem capacitação técnica e incentivam a participação feminina na produção e comercialização de café e cacau, respectivamente. O Mulheres do Café integra o Programa de Incentivo à Pesquisa, à Extensão, ao Desenvolvimento e à Inovação Agropecuária (Inovagro), coordenado pela Secretaria da Agricultura (Seag) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). Já o Mulheres do Cacau, desenvolvido no norte do estado, conta com apoio do Banco do Nordeste e da Fundagres.
Outra iniciativa que tem beneficiado as trabalhadoras rurais é o Programa Fomento Rural, uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Atualmente, 400 famílias em 45 municípios capixabas recebem apoio técnico e financeiro para ampliar suas atividades produtivas.
Em 2024, foi realizada a primeira edição do evento Elas na Pecuária, voltado para a capacitação e valorização das mulheres na cadeia produtiva do leite. O evento teve início em Alfredo Chaves e deve ser expandido para outras regiões do estado.
Além disso, o Incaper colabora com o Atlas das Mulheres do Espírito Santo, projeto da Secretaria Estadual das Mulheres (SESM), que mapeia a realidade das trabalhadoras rurais, incluindo representantes de comunidades quilombolas e indígenas. O objetivo é registrar a participação feminina na agricultura, pecuária e pesca, promovendo o reconhecimento e a valorização dessas profissionais.
