O Espírito Santo apresentou crescimento de 1,2% na economia do turismo no 4º trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) durante uma coletiva transmitida ao vivo na última quinta-feira (03).
Na comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 8,8%. No entanto, no acumulado do ano, o setor turístico registrou recuo de 2,5%. A taxa de informalidade no setor também apresentou queda, passando de 35,3% no 3º trimestre para 34,3% no 4º trimestre. O rendimento médio real do setor no período foi de R$ 2.904,27, o segundo melhor resultado desde o início da série histórica, em 2021.
Na análise anual, o Espírito Santo ocupou a 7ª posição no ranking nacional de rendimento médio real das Atividades Características do Turismo (ACTs), com o valor de R$ 2.840,04. O estado também registrou uma das maiores participações do turismo nos empregos formais com carteira assinada, superando unidades federativas com reconhecido potencial turístico, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
Além do Boletim da Economia do Turismo, também foi apresentada a Pesquisa Perfil do Turista do Carnaval 2025, coordenada pelo Observatório do Turismo da Setur. O levantamento analisou o comportamento dos visitantes durante o feriado, com dados coletados entre os dias 1º e 4 de março em 16 municípios estratégicos. A pesquisa envolveu entrevistas com 1.660 turistas e considerou informações como origem, motivação da viagem, gastos e avaliação da experiência.
De acordo com os dados, 88,2% dos visitantes afirmaram que a viagem atendeu ou superou as expectativas. A taxa de recomendação do Estado como destino turístico foi de 98,3%. Os aspectos mais bem avaliados foram a segurança pública, a limpeza urbana e a hospitalidade.
A origem dos turistas entrevistados foi majoritariamente do próprio Espírito Santo (51,3%), seguida por Minas Gerais (29,9%), Rio de Janeiro (13,1%), São Paulo (2,2%) e Bahia (1,4%). O lazer foi o principal motivo da viagem, representando 89,6% das respostas. Os atrativos naturais lideraram entre os fatores decisivos para a escolha do destino, com 46,5%, enquanto 12,6% mencionaram a programação carnavalesca como influente.
A hospedagem mais utilizada foi a rede de pousadas e hotéis, com 31,3% dos entrevistados. O gasto médio diário por turista foi de R$ 242,03, sendo Conceição da Barra o município com o maior valor, com média de R$ 349,05 por visitante.
Participaram da apresentação dos dados o secretário de Estado do Turismo, Victor Coelho; o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira; o diretor de integração do IJSN, Antonio Rocha; e a pesquisadora do Observatório do Turismo, Thainá Venâncio.
Os relatórios completos estão disponíveis nos sites da Setur e do IJSN.
