Os festejos de Queimado, que celebram o maior movimento contra a escravidão ocorrido no Espírito Santo, podem ser declarados como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado. É o que propõe o deputado Pablo Muribeca (Patri) no Projeto de Lei (PL) 329/2023.
Os festejos ocorrem anualmente sob a coordenação do Fórum Chico Prego em memória à revolta de escravos ocorrida em 19 de março de 1849 no distrito de São José do Queimado, município da Serra. O movimento é conhecido como Insurreição do Queimado.
Os festejos de Queimado englobam a Caminhada Noturna dos Zumbis Contemporâneos e a Celebração Afro Popular Inter-Religiosa, além de outras atividades. Os festejos são realizados anualmente no sítio histórico e arqueológico de Queimado, localizado no município da Serra, a cerca de 30 quilômetros da capital, Vitória.
Para o deputado, tornar os festejos de Queimado patrimônio cultural é uma forma de valorizar a cultura e fomentar o turismo no Estado, além de marcar a “importância da festa como instrumento de fortalecimento de resgate cultural e manutenção das tradições africanas”.
O PL 329/2023 já recebeu parecer pela constitucionalidade na Comissão de Justiça, e aguarda análise das comissões de Cultura, de Turismo e de Finanças, antes de ser votado em plenário. Acompanhe aqui a tramitação.