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Pinguins em Anchieta durante a migração e a preocupação aumenta devido à presença do vírus da Influenza Aviária

Nos últimos dias, moradores e turistas de Anchieta testemunharam um fenômeno curioso e preocupante: a ocorrência de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encalhados nas praias locais. Embora seja normal e esperado a chegada desses animais migratórios à costa brasileira nesta época do ano, o que chama a atenção é a presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) circulando em aves silvestres na região.

Os pinguins-de-magalhães são conhecidos por se afastarem até 2.000 km de suas colônias reprodutivas, no mar patagônico, em busca de alimento durante suas migrações anuais. Normalmente, eles descansam em mar aberto e não chegam até as praias. No entanto, diversos fatores podem levar alguns indivíduos a encalharem, como animais jovens, de primeira migração, que podem estar debilitados, ou que podem ter sido protegidos por atividades humanas.

A situação deste ano se torna mais preocupante devido à presença do vírus da Influenza Aviária, que representa um risco tanto para as aves quanto para as pessoas. A recomendação das autoridades é que, ao encontrar um pinguim ou outro animal marinho encalhado, as pessoas não devem encostar neles e devem manter distância.

O monitoramento das praias em Anchieta é realizado diariamente pelo Instituto de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha (IPCMar). Os pinguins encontrados são encaminhados para um centro de reabilitação de animais marinhos localizado em Vitória/ES. No centro, eles passam por um Posto de Vigilância Epidemiológica para quarentena. Caso as condições clínicas dos animais sejam encaminhados para reabilitação.

Para garantir a segurança de quem encontra um pinguim ou outra ave marinha encalhada, são fornecidas algumas orientações em caso de necessidade de interação. Natalí, médica veterinária do IPCMar, afirma “caso seja extremamente necessário encostar no animal, como para afastá-lo de um local perigoso ou de cães, é recomendado o uso de luvas de látex e máscara facial. O animal pode ser colocado em uma caixa de papelão com uma toalha para mantê-lo aquecido, e não deve haver mais contato com ele. As luvas e a máscara devem ser descartadas em uma sacola plástica e entregues à equipe de resgate quando vierem buscar a ave. Além disso, é essencial lavar bem as mãos e braços com água e sabão após qualquer contato com o animal.”

Se alguém tiver manuseado um pinguim ou outra ave marinha encalhada, é importante entrar em contato com o CIEVS da Secretaria Estadual da Saúde através do telefone (27) 99849-1613, para que possa ser fornecido orientações adicionais e acompanhamento de saúde adequado.

As autoridades locais pedem a colaboração de todos para que não se aproximem dos animais encontrados nas praias, a fim de garantir a segurança tanto da fauna marinha quanto da população. O monitoramento contínuo das praias e as ações de resgate e reabilitação são fundamentais para preservar a vida desses animais migratórios e mitigar os riscos à saúde pública.

Com informações IPCMar

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