A Operação Colheita 2025 foi oficialmente lançada nesta sexta-feira (28) no distrito de Nestor Gomes, em São Mateus, um dos polos mais importantes da cafeicultura capixaba. Com foco na segurança de produtores e trabalhadores durante o período da colheita do café conilon, a iniciativa conta com investimento de R$ 6,6 milhões do governo estadual para reforço no patrulhamento rural.
O Espírito Santo se destaca como um dos maiores produtores de café do Brasil, sendo líder nacional na produção de conilon. Em 2024, o grão foi responsável por mais de US$ 2 bilhões em exportações, superando pela primeira vez a celulose no ranking do agronegócio capixaba. Somente na Região Norte do estado, que concentra 43 mil propriedades, a expectativa é de uma colheita de quase 14 milhões de sacas neste ano.
O evento contou com a presença do governador em exercício Ricardo Ferraço (MDB), deputados estaduais e diversas autoridades. Ferraço destacou a importância do setor cafeeiro para a economia capixaba e reforçou a necessidade de segurança para os produtores:
“Queremos mandar um recado para esses bandidos e criminosos: ou vocês mudam de ‘profissão’, ou mudam do Espírito Santo, porque aqui vocês não terão trégua.”
A operação começa oficialmente no dia 1º de abril e segue até 30 de novembro, abrangendo 73 municípios produtores de café. Entre as medidas de segurança, estão o patrulhamento intensificado, visitas tranquilizadoras às propriedades, cadastramento rural e orientações sobre contratação de mão de obra. A Polícia Militar reforçará as ações com 50 viaturas e 100 policiais dedicados ao policiamento rural.
A alta valorização do café tem impulsionado os produtores, e a projeção é de crescimento nos próximos anos. De acordo com Ferraço, o Espírito Santo pode se tornar o maior fornecedor mundial de conilon em até cinco anos.
A solenidade também reuniu prefeitos, vereadores e os deputados estaduais Toninho da Emater, Janete de Sá (PSB) e Raquel Lessa (PP). Antes de São Mateus, a operação já havia sido lançada em Guaçuí, na região do Caparaó, onde há grande produção de café arábica.