As obras de macrodrenagem no bairro Macrina, em Alfredo Chaves, atingiram a marca de 52% de execução. O projeto, coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento, tem como objetivo principal reduzir os frequentes alagamentos na região e melhorar a qualidade de vida da população local.
Segundo estimativas da Prefeitura, cerca de 3.200 moradores serão diretamente beneficiados com as intervenções, que incluem a instalação de redes de drenagem, sistema de esgoto, pavimentação de ruas, construção de calçadas e a criação de um espaço público integrado. O investimento, de R$ 7,75 milhões, é oriundo do Fundo Cidades e executado com recursos do Governo do Estado, sob gestão da Secretaria do Governo (SEG).
As obras estão sendo realizadas nas ruas Dona Macrina, Carlos Soares Pinto, Expedicionário Osvaldo Saudino e Luiz Villar. Nessas vias, serão implantados 2.056 metros de rede de drenagem, 848 metros de galerias pluviais de grandes dimensões, além de 36 poços de visita e seis caixas ralo. A pavimentação está sendo feita com blocos pré-moldados de concreto tipo Pavi-S, abrangendo uma área de 8.790 metros quadrados. Também serão implantados 3.464 metros de meio-fio e 884 metros quadrados de calçada cidadã.
Um dos destaques do projeto é a construção de um reservatório de contenção – o chamado piscinão – no terreno onde antes funcionava o mercado municipal. O reservatório irá armazenar as águas das chuvas e permitir o escoamento gradual, reduzindo os impactos das enchentes. Sobre essa estrutura será construída uma praça para uso da comunidade.
A necessidade da obra se tornou ainda mais evidente devido à urbanização sobre o curso de um córrego que nasce no bairro Siribeira e atravessa o Macrina. A ocupação com moradias e comércios impossibilitou ações de manutenção e limpeza no local, agravando os problemas de alagamento durante períodos chuvosos.
De acordo com um laudo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), as áreas afetadas estão classificadas como de risco alto e muito alto para inundações. No perímetro identificado, existem aproximadamente 500 residências, além de prédios públicos, escolas, igrejas, comércios e serviços diversos, tornando a intervenção fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e proteger a população local.