A mobilização dos profissionais do magistério de Anchieta ganhou novos capítulos nesta semana com o anúncio do início da chamada “operação tartaruga invertida”, uma paralisação parcial das atividades nas escolas do município. A redação repercutiu um vídeo criativo que circulou nas redes sociais, no qual servidores fantasiados ironizam a lentidão nas negociações com a Prefeitura. A ação provocou grande repercussão entre a comunidade escolar e autoridades locais.
Em resposta, o prefeito Léo Português divulgou um vídeo nas redes afirmando que a gestão está aberta ao diálogo e que já iniciou medidas concretas para atender às principais reivindicações da categoria. Entre os compromissos assumidos, estão a revisão do plano de carreira com prazo de 90 dias, o pagamento do novo piso nacional do magistério ainda este ano, a manutenção da progressão de 3,8% e a elaboração de um cronograma para quitação de passivos anteriores.
“Seguimos firmes de portas abertas para o diálogo, sempre buscando o melhor para a nossa cidade”, disse o prefeito, que também alertou para possíveis impactos da paralisação: reposições de aula em sábados, feriados ou férias, além de prejuízos para a rotina das famílias.
Pouco depois da fala do prefeito, o diretor do SINDIUPES, Hélio Buback, gravou um vídeo em que confirma o início da operação tartaruga a partir desta quinta-feira (16). Ele também informa que foi realizada uma reunião com representantes da Prefeitura e que uma nova proposta foi apresentada pelo governo municipal.
“A mobilização continua. Nossa operação tartaruga invertida terá início amanhã, e as escolas já foram avisadas. Também já está marcada uma assembleia para segunda-feira (20), às 9h, na Escola Novo Horizonte, onde apresentaremos a proposta feita pelo prefeito Léo”, explicou Buback.
O dirigente sindical ainda destacou que, durante a reunião, a gestão assegurou que não haverá retaliações contra os servidores mobilizados, como cortes de ponto, salários ou exonerações.
“Foi dito claramente na mesa que não há nenhuma orientação para ameaças, cortes ou punições aos profissionais em movimento”, reforçou.
A “operação tartaruga invertida” consiste em alterar o funcionamento regular das escolas, afetando a rotina de aulas sem interromper completamente o calendário. A Secretaria Municipal de Educação ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre como o movimento impactará a rede de ensino.
O cenário segue indefinido e dependerá dos desdobramentos da assembleia convocada para segunda-feira. A comunidade escolar permanece atenta aos desdobramentos, aguardando um desfecho que concilie os interesses dos servidores, da gestão pública e, principalmente, dos estudantes.