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Comunidade de Belo Horizonte, zona rural de Anchieta, realiza manifestações pacíficas por melhorias no abastecimento de água

A comunidade de Belo Horizonte, localizada na zona rural de Anchieta, realizou duas manifestações pacíficas nos dias 9 e 10 de fevereiro, reivindicando melhorias no abastecimento de água. Os moradores alegam que o sistema atual não atende de forma eficiente a demanda crescente da região.

A primeira manifestação ocorreu no domingo (09), quando a comunidade interceptou um caminhão-pipa que realizava o abastecimento na localidade. O objetivo era garantir que mais caminhões fossem enviados para suprir toda a comunidade. Após horas de negociação com a Guarda Municipal, o caminhão foi liberado sob a condição de que retornasse para completar o abastecimento. Segundo relatos, apenas um caminhão foi enviado posteriormente, o que não solucionou o problema.

A segunda manifestação aconteceu na segunda-feira (10), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Anchieta. Os moradores compareceram ao plenário para solicitar apoio dos vereadores na busca por soluções definitivas. Sensibilizados com a situação, os parlamentares parabenizaram os moradores pela iniciativa. O presidente em exercício da sessão, Rodrigo Semedo, quebrou o protocolo e concedeu a tribuna livre para que um representante da comunidade pudesse expor suas reivindicações.

Leovegildo Junius Brandão, porta-voz da comunidade, destacou na tribuna que o problema do abastecimento de água persiste há mais de 10 anos. Segundo ele, a comunidade possui córregos e nascentes que poderiam ser melhor aproveitados para suprir a demanda local, “Não é a necessidade ou a falta de água, já que a comunidade tem córregos e nascentes que alimentam e podem alimentar mais ainda a comunidade no abastecimento da água.” Brandão enfatizou que a manifestação não tinha intenção de confrontar as autoridades, mas sim de mostrar que a Câmara Municipal pode ser um canal de solução para a questão. Leovegildo reforçou: “Esta manifestação não é uma forma de agressão, é de mostrar que esta Casa de Leis é um potencial para poder ajudar a comunidade a resolver esta questão”.

O histórico da luta por melhorias no abastecimento de água na comunidade é longo. Vereadores como Zé Maria Brandão (2016-2020) e Niltinho Brandão (2021-2024), ambos nascidos na região, já apresentaram propostas para resolver a questão. Outros nomes, como Geovane Meneguelle, Professor Robinho e o atual vice-prefeito Renato Lorencini, também tentaram avançar com soluções ao longo dos anos.

Em 2024, o presidente da Câmara de Vereadores de Anchieta, Renan Delfino, destinou uma emenda impositiva de R$ 70 mil para viabilizar a perfuração de um novo poço ou a implementação de um sistema alternativo de abastecimento. As emendas impositivas são recursos do orçamento municipal que os vereadores podem direcionar para projetos específicos, obrigando o executivo a executar a destinação da verba. Essa iniciativa representa um avanço importante na tentativa de solucionar a questão hídrica na comunidade de Belo Horizonte.

Os moradores aguardam agora que as ações da Prefeitura de Anchieta sejam efetivadas e que o abastecimento de água seja regularizado, garantindo um direito básico e essencial para a qualidade de vida na região. No entanto, a comunidade está se mobilizando para realizar novas manifestações pacíficas até que o problema seja efetivamente solucionado.

Vale ressaltar que a falta de água em Belo Horizonte não é um caso isolado. Diversas comunidades do interior do município enfrentam situações semelhantes, o que reforça a necessidade de soluções estruturais e permanentes para garantir o acesso à água potável a toda a população rural de Anchieta.

A comunidade espera respostas rápidas do Executivo para solucionar a questão. “Não podemos ficar três dias sem água, com crianças e idosos, e no clima quente que está fazendo”, afirmou um morador.

Após a sessão, a manifestação seguiu para frente da prefeitura.

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