A Secretaria Municipal de Saúde de Anchieta realizou esta semana uma reunião como na comunidade rural de Belo Horizonte para levar informações aos moradores sobre a Febre do Oropouche (FO). O encontro aconteceu no telecentro da comunidade e foi solicitada pela associação dos moradores locais.
Segundo dados epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde, em Anchieta, até a 24ª semana epidemiológica, foram notificados 22 casos da doença no município, sendo 14 desses na comunidade de Belo Horizonte.
Conforme o setor, a comunidade tem recebido ações da Vigilância em Saúde Ambiental, tais como: visitas aos imóveis, coleta e identificação de larvas, atividades educativas com os moradores, ação educativa na escola local e divulgação em carro de som.
A Vigilância Epidemiológica vem monitorando rotineiramente os casos confirmados da doença e investigados os novos casos.
Segundo o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmite do porartrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça (Bradypus tridactylus), capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
A ação foi realizada pelas equipes da Vigilância em Saúde Ambiental, Vigilância Epidemiológica, Gerência Operacional de Vigilância em Saúde e Gerência Operacional de Atenção Primária à Saúde.