A Audiência Pública sobre os Impactos na Lagoa de Mãe Bá, realizada no Plenarinho da Câmara Municipal de Anchieta, teve início às 16 horas e contou com a presença marcante de representantes de instituições-chave envolvidas na questão ambiental da região. Entre os presentes estavam Rodolpho Samorini Filho, representando a Samarco, empresa cujas atividades têm impacto significativo na área; Marcio Machado e Bedim, representando a CESAN (Companhia Espírito Santense de Saneamento), responsável pela gestão dos recursos hídricos na região; e Jessica Martins, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Anchieta.
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Além deles, estiveram presentes outros representantes, incluindo Rafael Wolfgramm da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Moises da Cruz Costa da associação Mãos de Fazem MãeBa, Mauricio Vieira Gomes do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Novo, Ezio Pereira Assunção da Associação de Moradores de Condados, bem como os vereadores Renan Delfino, Renato Lorencini, Professor Robinho, Tereza Mezadri, Sérgio Luiz (representado pelo seu assessor), Edson Vando e Marcia Assad (representada pelo seu assessor), todos da Câmara Municipal de Anchieta
Sob a presidência do Vereador Renan Delfino (União Brasil), a audiência teve início com uma expressão de gratidão a todos os presentes e uma convocação à seriedade do tema em discussão. O Vereador destacou seu compromisso em viabilizar a criação de uma comissão consultiva para tratar dos assuntos levantados durante o encontro, visando assim uma atuação legislativa efetiva.
Durante os debates, foram abordados diversos pontos, incluindo a recente ocorrência de mortalidade de espécies de peixes na lagoa e os impactos das atividades industriais e de saneamento na região. Representantes de instituições como a Samarco, Cesan e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Anchieta apresentaram suas análises e propostas para enfrentar os desafios ambientais.
A Secretária Municipal de Meio Ambiente de Anchieta informou que já estão em andamento monitoramentos e testes laboratoriais para encontrar soluções adequadas para a situação. A Samarco, por sua vez, relatou que mantém um monitoramento contínuo e realiza testes em parceria com a secretaria de meio ambiente para mitigar os impactos ambientais.
A Cesan destacou que cerca de 69% da comunidade de Mãe Bá possui cobertura de esgoto, mas a falta de estrutura adequada para ligação das residências à rede de esgoto tem sido um obstáculo significativo. A realização de elevatórias dentro de terrenos particulares tem sido uma solução proposta para enfrentar esse desafio, porém existe dificultadores neste processo e que é necessários vários estudos de impactos.
Os moradores locais expressaram suas preocupações, destacando a comparação entre o estado da lagoa durante o período de paralisação da Samarco (2016 a 2020) e o retrocesso observado nos últimos anos após a retomada das atividades. Suas contribuições foram fundamentais para enriquecer o debate e direcionar as próximas ações a serem tomadas.
Os vereadores Renato Lorencini (União Brasil) e o professor Robinho (União Brasil) pediram seriedade por parte da prefeitura de Anchieta para com a comunidade e solicitaram que, se possível e urgente, fosse realizada uma reunião com os moradores locais, pois este é o anseio da população.
A audiência pública sobre os Impactos na Lagoa de Mãe Bá em Anchieta encerrou-se com o compromisso de continuidade do diálogo e ações concretas para preservação desse importante ecossistema. A Câmara Municipal de Anchieta reafirmou seu compromisso em liderar esforços para proteger a lagoa e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras.
Ao final de todos os debates, foi decidido criar uma COMISSÃO ESPECIAL para tratar dos assuntos levantados durante o encontro. Esta comissão será composta por representantes da Samarco, CESAN, AGERH, comunidade local e Câmara de Anchieta, demonstrando o compromisso conjunto em encontrar soluções efetivas para os desafios enfrentados pela Lagoa de Mãe Bá e sua região.
Foram enviados convites direcionados ao Prefeito Municipal de Guarapari, Edson Figueiredo Magalhães; ao Secretário Municipal de Meio Ambiente e Agricultura de Guarapari, Breno Simões Ramos; ao Ministério Público; ao Secretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni; ao Diretor-presidente do IEMA, Alaimar Fiuza; e à Comissão de Meio Ambiente da ALES (Assembleia Legislativa do ES), porém as autoridades convidadas, infelizmente, não puderam estar presentes na Audiência Pública sobre os Impactos na Lagoa de Mãe Bá em Anchieta.
Para mais informações, entre em contato com a Câmara Municipal de Anchieta.