A Vale e o consórcio Águas de Reúso de Vitória, subconcessionária da Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan), assinaram, na última quarta-feira (09), um Memorando de Entendimentos (MoU) para avaliar conjuntamente o fornecimento de água reciclada, proveniente do tratamento de esgoto sanitário da Grande Vitória, para uso operacional na Unidade Tubarão, em Vitória.
A cerimônia de assinatura foi realizada no Palácio Anchieta, em Vitória, e contou com a presença do governador do Estado, Renato Casagrande; do presidente da Cesan, Munir Abud; do diretor de Pelotização da Vale, Rodrigo Ruggiero; e do CEO da GS INIMA Brasil, Paulo Roberto de Oliveira.
De acordo com o governador, o projeto envolve um investimento estimado em R$ 250 milhões, com previsão de início das operações em 2027. A expectativa é de que quase metade do esgoto da capital seja transformada em água de reúso para aplicação industrial, reduzindo a necessidade de captação de água dos mananciais para este fim.
Segundo o diretor da Vale, Rodrigo Ruggiero, a iniciativa dá continuidade a um protocolo de intenções firmado com a Cesan no ano anterior. Desde então, têm sido realizados estudos técnicos e a busca por alternativas sustentáveis para reduzir o uso de água potável nas atividades industriais.
A proposta prevê a construção de uma Estação de Produção de Água de Reúso (EPAR), sob responsabilidade do consórcio Águas de Reúso de Vitória, no município da Serra. A estação deverá fornecer cerca de 50 litros de água por segundo para a Vale. O modelo de negócio e os aspectos técnicos e operacionais serão definidos ao longo dos próximos seis meses.
O CEO da GS INIMA Brasil, Paulo Roberto de Oliveira, destacou o empenho da empresa em oferecer soluções hídricas sustentáveis tanto para o setor industrial quanto para a população. Já o presidente da Cesan, Munir Abud, reforçou que a utilização de água de reúso em processos industriais permite preservar as fontes de captação prioritariamente destinadas ao consumo humano, promovendo avanços em sustentabilidade ambiental e econômica.
O acordo faz parte de uma série de iniciativas que buscam ampliar a segurança hídrica no Espírito Santo e garantir maior eficiência na gestão dos recursos naturais.
